Biossegurança Para Serviços de Estética Capilar: Farmacêutica Explica

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Biossegurança e Estética Capilar

Em plena pandemia do novo coronavírus, a biossegurança tem recebido atenção como nunca antes. Além do momento delicado, o interesse cada vez maior por procedimentos de estética capilar exige dos profissionais das áreas de beleza, saúde e bem-estar uma grande responsabilidade e comprometimento com estas medidas protetivas no trabalho.

Na estética capilar, a biossegurança tem como principal fundamento lidar com as ações de prevenção e transmissão de doenças entre profissionais da área e clientes ou pacientes. Como estamos passando por um período onde as medidas de biossegurança devem ser executadas com atenção redobrada, abordarei aqui as principais medidas de biossegurança que podem e devem ser aplicadas neste contexto.

Veja também: Lavar os cabelos em tempos de pandemia.

Precauções Necessárias Para Garantir Biossegurança

Abaixo, algumas medidas que devem ser tomadas seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde, Anvisa, Sebrae e de manuais de boas práticas:

  • Adotar medidas adicionais para evitar a aglomeração de pessoas, como horários diferenciados para clientes ou pacientes: um atendimento por vez.
  • Disponibilizar, de forma visível e com fácil acesso, insumos como sabonete líquido, álcool gel 70% e Equipamento de Proteção Individual (EPI) – luvas e máscaras – para atendimento seguro e adequado. As luvas previnem a contaminação grosseira das mãos e a transmissão cruzada de microrganismos entre profissionais e clientes. Elas devem ser retiradas e descartadas depois do uso, entre um cliente e outro, além de se evitar tocar itens não contaminados ou superfícies no ambiente;
  • Mulher aplicando álcool gel nas mãos. Biossegurança contra coronavírus.
    Aplicação de álcool gel é eficaz para evitar contaminações.
  • A indicação da lavagem de mãos deve acontecer na presença de sujidades visíveis, antes e após o uso de luvas, após a utilização de instalações sanitárias e entre o atendimento a clientes (SIEGEL, 2007). O fato de não lavar as mãos aumenta a possibilidade de transmitir e adquirir doenças e o uso de luva não elimina a necessidade de lavá-las. Sabe-se, contudo, que alguns detalhes influenciam na adesão à lavagem de mãos, como a disponibilização de pias em locais de fácil acesso, próximo à área de trabalho, com distribuidores de sabão líquido e papel toalha. Podemos também disponibilizar uma limpeza e desinfecção dos calçados usando água sanitária;
  • Tesouras, escovas, pentes e outras ferramentas devem ser completamente desinfetadas entre os usos, bem como cadeiras e macas. Pode-se utilizar álcool 70%, água e sabão, hipoclorito de sódio em solução, etc. Além disso, é fundamental realizar a troca do lençol de papel sobre a maca a cada atendimento;
  • Manter locais de circulação e áreas comuns com os sistemas de ar condicionado revisados e limpos, como filtros e dutos, e obrigatoriamente com janelas externas ou qualquer outra abertura, que contribua com a renovação do ar;
  • As toalhas utilizadas no atendimento devem ser de uso único, assim como todas as outras ferramentas que possivelmente forem utilizadas.

Conclusão

Em meio ao risco da disseminação microbiana, ações educativas podem e devem ser implementadas para ampliar o conhecimento dos profissionais a respeito das recomendações de biossegurança e do risco ocupacional, estimulando-os à adesão das práticas de biossegurança, higienização e saúde ocupacional, levando-se em conta fatores sociais, econômicos e culturais (GARBACCIO, 2012).

Sabemos de toda a importância dos cuidados de biossegurança na estética capilar e devemos sempre executá-los corretamente para, juntos, mantermos a saúde do profissional e dos clientes e pacientes. Em breve, tudo isso passará e retornaremos às atividades normais ainda mais fortes e melhores!


Referências:
1. https:saude.gov.br/component/tags/tag/oms
2. www.anvisa.gov.br
3. www.m.sebrae.com.br/
4. GARBACCIO,JULIANA LADEIRA OLIVEIRA ADRIANA CRISTINA DE. Biossegurança e risco ocupacional entre os profissionais do segmento de beleza e estética: revisão iintegrativa.Rev.Eletr. Enf. [Internet]. 2012 jul/sep;14(3):702-11. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n3/v14n3a28.htm.
5. SIEGEL JD, RHINEHART E, JACKSON M, CHIARELLO L. Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee. Guideline for Isolation Precautions: Preventing Transmission of Infectious Agents in Healthcare Settings. Center for Disease Control and Prevention (CDC) 2007 Jun 219p. [cited 2010 set 04]. Available from: http://www.cdc.gov/hicpac/2007ip/2007isolationprecautions.html

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Erica Cacoci é autora do Blog Grandha.

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