Alopecia, Biomedicina e Terapias Integrativas
Hoje analisarei a crescente relevância da biomedicina no estudo, prevenção e tratamento da alopecia. A alopecia e a queda capilar em geral podem trazer sérias consequências psicológicas relacionadas, por exemplo, à ansiedade e depressão (HUNT; MCHALE, 2007). O cabelo apresenta grande significado estético e sociocultural, sendo valorizado como caracterização que representa o indivíduo (GOIÁS, 2018). Portanto, episódios que envolvem a queda de cabelo influenciam as relações interpessoais dos afetados.
O cabelo é uma característica marcante no ser humano e tem como principais funções a termorregulação e a proteção física. Serve também como um mecanismo de comunicação psicossocial para o indivíduo, como parte integrante da sociedade (MACHADO, 2017). Por isso, é notório que a queda de cabelo traz um impacto significativo quando a analisamos de um ponto de vista social.
Biomedicina e Alopecia
São diversos os distúrbios que podem afetar o couro cabeludo e causar a queda de cabelo. A alopecia é uma patologia que consiste numa inflamação crônica que afeta os folículos e acomete grande parte da população mundial atual (GOIÁS, 2018). Essa doença se caracteriza pela queda de cabelo repentina ou progressiva, se distinguindo em variações da mesma de acordo com a sua etiologia e forma de progressão, as quais serão abordadas e explicadas no decorrer do próximo artigo.
Na etiologia da doença, é possível verificar que os processos hormonais que acontecem no organismo são comumente relacionados a alopecia e auxiliam e perpetuam o desenvolvimento da patologia em questão, sendo uma das principais razões das alterações no folículo piloso (REBELO, 2015). Entretanto, mesmo com as variações da patologia, são diversos os tratamentos e recursos terapêuticos que visam a melhora do quadro e até mesmo a recuperação total ou parcial do paciente.
Esses métodos podem ser associados e utilizados como forma de prevenção, tratamento, recuperação e fortalecimento da fibra capilar e do couro cabeludo. Em vista disso, o papel do biomédico vem aumentando progressivamente na área de tratamento e prevenção da doença, dado que o mesmo pode realizar processos terapêuticos que visam a prevenção e recuperação do paciente com alopecia e dos indivíduos predispostos às patologias de couro cabeludo. Grande parte da população desconhece a calvície como uma doença e, portanto, ignora possíveis complicações e submete-se a uma situação que, na maioria das vezes, seria evitável.
Muitas Possibilidades de Abordagens
Seja pela abordagens diretas, com terapias alternativas ao couro cabeludo, ou com técnicas para estimular biomodulação celular das unidades foliculares e consequente retorno da produção de novos fios, envolvendo cosmecêuticos moduladores, estimulantes da matriz do folículo piloso, fototerapia, microagulhamento, aromaterapia, auriculoterapia, massagens terapêuticas, entre outros, há muitas opções de terapias alternativas, também são usadas como métodos de prevenção (CARVALHO, 2019).
No próximo artigo desta série, abordarei um trabalho realizado por mim, juntamente com os acadêmicos de biomedicina, Jullia Cassemira, Ana Carolina Moreira, Greice Pacheco e Yuri Nonato, da Sociedade Educacional de Santa Catarina (UNISOCIESC), sobre algumas dos métodos supracitados.
Referências:
[1] CARVALHO, Wanderley. Cosmetologia aplicada a estética. São Paulo: Farmacêutica, 2019.
[2] GOIÁS. Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Tricologia e tratamentos capilares. Goiás: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, 2018.
[3] HUNT, Nigel; MCHALE, Sue. The psychological impact of alopecia. The Psychologist, v. 20, n. 6, p. 362-364, jun. 2007 MACHADO, Carmo Cyrilo; OLIVEIRA, Inês de. Calvície e alopecia: revisão bibliográfica. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2017.
[4] REBELO, Ana Santos. Novas estratégias para tratamento da alopecia. 2015. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2015.
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