Terapia Hormonal Para Alopecia Androgenética Feminina

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Terapia Hormonal Para Alopecia Androgenética Feminina

A alopecia androgenética feminina é uma condição relativamente comum e que pode acarretar alguns problemas sérios, muito embora os cabelos não tenham funções indispensáveis no funcionamento fisiológico do nosso organismo. Estes problemas aos quais me refiro são graves problemas de ordem psicológica.

Um estudo de 2002 [1] indicou que, à época, 55% das mulheres com casos clássicos de alopecia feminina apresentavam sintomas de depressão. Naquele mesmo grupo, 89% tiveram uma redução perceptível dos sintomas negativos após tratamento da queda de cabelo.

Porém, os sintomas psicológicos associados à alopecia androgenética feminina não estão limitados à depressão. Ansiedade, obsessões, insatisfação com a própria aparência e baixa auto-estima também estão associadas a quadros de alopecia[2]. Do grupo analisado, 40% das pacientes atribuíram à alopecia feminina diversos problemas no casamento, e 63% atribuíram à mesma causa problemas na vida profissional [3].

O que é Alopecia Androgenética Feminina?

Conhecida em inglês pela sigla FPHL – Female Pattern Hair Loss –, a alopecia androgenética é a principal causa de queda de cabelo em mulheres do mundo todo [4] e apresenta sintomas em ordem bem definida e distinta da doença que acomete os homens.

Nelas, o padrão é o seguinte: a linha capilar frontal é mantida, mas ocorre um gradual afinamento dos fios na coroa e no topo da cabeça. Este afinamento acontece após alteração do ciclo de formação dos fios, com encurtamento da fase anágena e alongamento da fase telógena.

Em outras palavras, a fase de descanso aumenta e a fase de crescimento diminui em tempo e intensidade. Por consequência, longos pelos terminais são progressivamente substuídos por pelos vellus, como os de um bebê [5].

Como Ocorre a Alopecia Androgenética?

Apesar do nome alopecia androgenética, o exato papel dos hormônios no processo é um pouco incerto. Sabemos que hormônios andrógenos afetam diretamente o crescimento de pelos – incluindo cabelos, evidentemente – em todo o corpo.

Há 2,4 mil anos, o grego Hipócrates notou que os escravos eunucos – homens geralmente castrados antes da puberdade e, portanto, desprovidos de altos níveis de hormônios como a testosterona – não ficavam calvos na velhice.

Naturalmente, o chamado hiperandrogenismo não pode ser a única causa fisiológica para a alopecia androgenética feminina, visto que a maioria das mulheres com o distúrbio não apresentam níveis anormais de andrógenos [6].

No entanto, Hipócrates intuiu corretamente que havia um correlação hormonal, sim. A alopecia androgenética em homens está associada a mudanças nos receptores andrógenos e geralmente responde bem a terapia antiandrógenas [7]. No caso da alopecia feminina, genes que codificam a aromatase, que converte testosterona em estradiol, também estão implicados no processo.

Tabela de biossíntese androgênica.
Processo de biossíntese androgênica.

A androstenediona, majoritariamente produzida nos ovários e glândulas adrenais, é convertida em testosterona pela enzima 17β-hidroxiesteroide desidrogenase. A testosterona então circula pelo corpo com a finalidade de chegar aos tecidos.

Enzimas metabolizadoras de andrógenos já foram encontradas em diferentes partes do folículo piloso [8]. A presença destas enzimas faz da unidade pilossebácea um ambiente de metabolização e síntese de andrógenos [9].

Além disso, uma certa quantidade de testosterona livre se vincula a receptores andrógenos intracelulares no bulbo capilar e na papila dérmica, o que facilita o processo supramencionado da transformação gradual de pelos terminais em pelos vellus, ou então é metabolizada em di-hidrotestosterona (DHT) pela enzima 5-alfa-redutase.

A DHT, então, se conecta ao mesmo receptor, mas com muito mais afinidade [10]. Dentre os andrógenos mencionados na imagem acima, apenas o DHT e a testosterona se vinculam a receptores andrógenos [11].

Tratamento da Alopecia Androgenética Feminina

Chegamos finalmente ao ponto crucial: o que apontam as pesquisas dos últimos 40 anos acerca de como tratar casos de alopecia androgenética feminina de maneira realmente eficaz? Pois bem: conclui-se que o essencial é atuar contra o processo de conversão da ação enzimática e subsequente ligação ao receptor andrógeno.

Ou seja, uma das formas mais eficientes de se combater e até mesmo reverter o processo de queda, é justamente evitando que a testosterona se transforme em DHT. E é aí que a Grandha surpreende com altíssima tecnologia cosmética.

O Papel da Enzima 5-Alfa-Redutase

Após a apreciação dos estudos referenciados aqui, vemos que é perfeitamente plausível esperar uma redução palpável na evolução da alopecia androgenética feminina ao impedir a conversão da testosterona em DHT, um andrógeno que se vincula aos receptores com mais eficiência que a testosterona, intensificando a queda de cabelo.

Kit Urbano Spa Blue Grandha, para alopecia androgenética.
Kit Urbano Spa Blue da Grandha suprime a ação da enzima 5-alfa-redutase.

É justamente com este tipo de ação localizada, especificamente nos folículos capilares, que age a linha Urbano Spa Blue. Em conjunto, estes produtos realizam limpeza profunda, regulam a oleosidade do couro cabeludo e fortalecem o folículo piloso.

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[1] Camacho F.M., Garcia-Hernandez M. Psychological features of androgenetic alopecia. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2002;16:476-480.

[2] Dlova N.C., Fabbrocini G., Lauro C., Spano M., Tosti A., Hift R.H. Quality of life in South African Black women with alopecia: a pilot study. Int J Dermatol. 2016;55:875-881.

[3] Hunt N., McHale S. The psychological impact of alopecia. BMJ. 2005;331:951–953.

[4] Varothai S., Bergfeld W.F. Androgenetic alopecia: an evidence-based treatment update. Am J Clin Dermatol. 2014;15:217–230.

[5] Yazdabadi A., Sinclair R. Treatment of female pattern hair loss with the androgen receptor antagonist flutamide. Australas J Dermatol. 2011;52:132–134.

[6] Schmidt T.H., Shinkai K. Evidence-based approach to cutaneous hyperandrogenism in women. J Am Acad Dermatol. 2015;73:672–690.

[7] Ellis J.A., Sinclair R., Harrap S.B. Androgenetic alopecia: pathogenesis and potential for therapy. Expert Rev Mol Med. 2002;4:1–11.

[8] Bolognia J.L., Jorizzo J.L., Schaffer J.V. 3rd ed. Elsevier; Amsterdam: 2012. Dermatology.

[9] Fazekas A.G., Sandor T. The metabolism of dehydroepiandrosterone by human scalp hair follicles. J Clin Endocrinol Metab. 1973;36:582–586.

[10] Levy L.L., Emer J.J. Female pattern alopecia: current perspectives. Int J Womens Health. 2013;5:541–556.

[11] Burger H.G. Androgen production in women. Fertil Steril. 2002;77:S3–S5.

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