Diferença Entre Óleos Essenciais e Essências
Um óleo essencial é um extrato aromático dos órgãos de uma planta aromática submetida a destilação por arraste de vapor de água. O óleo essencial é, portanto, uma essência destilada. Uma essência é um extrato aromático obtido por prensagem mecânica a frio apenas das raspas de frutas da família Citrus. Uma essência é, portanto, uma essência prensada que não foi destilada.
A aromaterapia científica e médica pode ser definida da seguinte maneira: uso de óleos essenciais quimiotipados e essências de plantas aromáticas por via de administração oral, bucal, respiratória, olfativa, atmosférica, cutânea, retal, vaginal, ótica e nasal para para fornecer cuidados adicionais, preventivos ou curativos para uma ampla gama de várias doenças em humanos, animais e plantas, tanto em termos de destruição de focos infecciosos patogênicos quanto no manejo de um grande número de distúrbios sintomáticos característicos dessa condição.
Prensagem Mecânica a Frio
A prensagem mecânica a frio é o método mais simples, mas infelizmente o mais limitado. Consiste, de fato, em quebrar mecanicamente os “bolsões de essência” das raspas de frutas cítricas frescas (todas as frutas cítricas) para coletar a essência. O produto obtido é denominado “essência” e não “óleo essencial”, porque não houve modificação química ligada a solventes ou ao vapor d’água. Existe, portanto, uma semelhança bioquímica entre a essência da fruta e aquela obtida após a prensagem.
Destilação por Arraste de Vapor d’Água
A destilação do vapor d’água, conhecida desde a antiguidade, transmitida pelos árabes e aperfeiçoada pelos habitantes de Provença, é um processo que utiliza a incorporação de substâncias aromáticas por meio do vapor d’água.
O processo relativamente recente, denominado “destilação por arraste de vapor d’água” traz uma melhoria definitiva na qualidade dos produtos obtidos ao minimizar as alterações hidrolíticas (em particular dos ésteres) associadas ao processo de destilação tradicional. A instalação possui caldeira a vapor separada do destilador.
Na saída do refrigerador (com circulação de água fria) onde os vapores se condensam, a água destilada e a essência (mais leve que a água) que agora já se tornou óleo essencial, separam-se. Essa mudança de denominação justifica-se plenamente porque sob a ação do oxigênio, da água, do vapor d’água e da temperatura, as moléculas aromáticas da essência sofrem várias modificações (oxidações, hidrólises, reestruturação), mínima em alguns casos, significativa em outros.
A destilação por arraste de vapor d’água agora substitui a destilação a fogo aberto, que usava um único tanque no qual a planta era imersa em água antes do aquecimento. Durante a fervura, o vapor d’água era carregado com moléculas aromáticas voláteis que se condensavam, passando por uma serpentina da qual fluíam o óleo essencial e a água de destilação. Essa técnica antiga não é mais usada para a produção de óleo essencial de qualidade. Na verdade, esse processo gera mais modificações bioquímicas dentro do óleo essencial.
A maioria dos óleos essenciais é obtida por destilação a vapor, sem descalcificador químico e sob baixa pressão. O processo consiste em fazer com que o vapor d’água passe por um tanque cheio de plantas aromáticas. Ao sair do tanque e sob pressão controlada, o vapor d’água enriquecido com moléculas aromáticas voláteis passa por uma serpentina, onde se condensa. Na saída, um essencier coleta a água e o óleo essencial. A diferença de densidade entre os dois líquidos permite uma separação fácil.
Referência:
BAUDOUX, Dominique. Aromathérapie: Les nouveaux chemins de la santé. 2017.
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