Óleo Essencial de Cominho Negro

Publicado em: 01/01/1970
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Óleo Essencial de Cominho Negro

A Nigella Sativa, conhecida popularmente como cominho negro, não deve ser confundida com o cominho comum (cuminum cyminum) apesar de suas semelhanças. A planta é da família Ranunculaceae, têm cores pálidas e flores brancas e azuis. Seu óleo é feito a partir das sementes prensadas a frio, sendo, portanto, uma mistura de óleo essencial e óleo graxo. Nigella sativa L. (N. sativa), também conhecida como cominho preto, é uma planta cultivada em países mediterrâneos, sul e sudoeste da Ásia. A fruta é uma cápsula grande e inflada composta de três a sete folículos unidos, cada um contendo numerosas sementes que apresentam uma notável atividade biológica associada ao seu conteúdo de timoquinona.

Cerca de 18,4 a 24% do conteúdo de óleo volátil presente na Nigella sativa L. é de timoquinona e 46% é de outros monoterpenos, como ρ-cimeno, timol, carvacrol, e α- e β-pineno, o que torna seu óleo essencial extremamente terapêutico. Em estudos foi capaz de inibir efetivamente 97 das 144 bactérias testadas, com efeito comparável a amoxicilina. Também é um poderoso antifúngico e demonstrou em estudos ser um poderoso ativador do aprendizado e da memória.

Aplicações do Cominho Negro

O cominho negro atua melhorando parâmetros de diversos problemas metabólicos tais como:

Diabetes e suas complicações

Existem várias classes de agentes antidiabéticos que melhoram a hiperglicemia de maneiras diferentes. A Nigella sativa L. é o único óleo essencial que age através de múltiplos caminhos para alcançar a normoglicemia. Quando corretamente combinado com as técnicas de reflexologia, pode contribuir para o aumento da produção de insulina, pode melhorar a tolerância à glicose e à proliferação de células beta. Associações com outros óleos fixos – para a prática da reflexologia abdominal – e a inalação contribuem para a redução da inflamação pancreática, a gliconeogênese e captação de glicose no intestino.

Inteligentemente aplicado nas técnicas de massoterapia

Em associações com óleos fixos para este fim, o cominho negro possui uma outra substância chave, a timohidroquinona, que é conhecida como uma das substâncias mais poderosas para inibir a enzima acetilcolinesterase. Substâncias que reduzem a ação desta enzima aumentam o tempo em que o neurotransmissor acetilcolina permanece ativo no cérebro. Para se ter uma ideia, fármacos que inibem a acetilcolinesterase são utilizados para doenças de Alzheimer e Parkinson, autismo, glaucoma, demência, esquizofrenia e doenças neurodegenerativas. Além de tudo, o óleo de cominho negro (Nigella sativa L.) possui características especiais no trato dos efeitos colaterais da menopausa.

O óleo essencial de cominho negro é amplamente usado em estratégias combinadas para protocolos de emagrecimento desta planta mostrou ser capaz de reduzir o ganho de peso tão comum nessa fase. Também possui efeito anti-aging e, assim, as mulheres podem se sentir mais rejuvenescidas com seu efeito. E mais: este óleo ajuda a prevenir a osteoporose e doenças metabólicas, as quais podem aparecer em decorrênica da menopausa.

A Nigella sativa, padronizada em timoquinona inibe a síntese de PGD2 (prostaglandina D2), contribuindo para a diminuição da inflamação do couro cabeludo, reduzindo a queda capilar e promovendo aumento da espessura e densidade dos fios. As prostaglandinas são potentes mediadores pró-inflamatórios, produzidos por diferentes estímulos e desempenham um importante papel na modulçao da resposta inflamatória. Recentes evidências científicas demonstram que a disbiose das prostaglandinas na alopecia é caracterizada por um aumento de prostaglandina D2 (PGD2) inflamatória e uma redução simultânea de PGE2 e PGF2α no couro cabeludo. Nigella sativa é eficaz para o tratamento do eflúvio telógeno (alopecia difusa) com inibição de PGD2 e, consequentemente, da inflamação e da queda capilar. . Seu uso na concentração de 3% ja é conhecido no manejo da alopecia androgenética e eflúvio telógeno por promover o crescimento de novos fios e o aumento da espessura e da densidade do fio.

As timoquinonas predominantes do óleo essencial de cominho negro, além de possuírem atividades antioxidantes e anti-infalamatórias têm demonstrado atividades antiproliferativa, antialérgica e antibacteriana, bem com características imunomodulatórias e imunoterapêuticas, tornando-se especialmente sugestiva para o manejo da psoríase, uma desordem imunomediada, com hiperatividade da célula T e produção de múltiplas citoninas pró-inflamatórias como TNFα (Tumour Necrosis Factor Alpha) e interleucinas IL-2, IL-12, IL-17, IL-22 ou IL-23. Um estudo clínico demonstrou que seu uso na concentração de 10%, associado a óleos vegetais e antioxidantes, promoveu melhora clínica de pacientes com psoríase, inflamação cutânea crônica que afeta de 1 a 3% da população mundial. Um outro estudo demonstrou que sua aplicação tópica inibiu de maneira marcante lesões inflamatórias relacionadas à psoríase, melhorando todas as alterações dérmicas e epidérmicas. Os pesquisadores concluíram que seu uso pode ser utilizado como uma terapia coadjuvante no manejo da psoríase.

Precauções e Contraindicações

  • Gestantes, lactantes e crianças;
  • Pacientes que tomam hipoglicemiantes orais ou insulina;
  • Indivíduos com baixa pressão arterial. Foram também relatados casos de dermatite de contato.

Deve-se interromper o tratamento com Nigella sativa duas semanas antes de uma cirurgia programada, sob risco de hemorragias.

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